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Benefícios do ambiente de Web Warehouse em um cenário de Inteligência Competitiva

BlogBIAtualmente nós vivemos em um momento cada vez mais globalizado, onde a oferta e demanda pela informação está cada vez maior, como podemos agir de forma a utilizarmos adequadamente todo o aparato disponível, de maneira que o capital humano e a tecnologia sejam integrados. Outro aspecto a avaliar é como não ficarmos impactados diretamente pelo Paradoxo da Escolha descrito por Schwartz(2005). Fazendo um paralelo deste conceito com o que estamos tratando no estudo de ambientes de Web Warehouse, é de como resolvermos este grande desafio, de não ficarmos cada vez mais angustiados conforme as opções aumentam, ao invés de ficarmos livres por termos a possibilidade de escolhas, frente a este enorme volume de dados disponíveis, correndo o risco de tomarmos a decisão errada ou de não tomarmos nenhuma decisão mediante ao que temos de dados coletados.

Benefícios do ambiente de Web Warehouse

Um dos pontos essenciais de um ambiente Web Warehouse é que ele é concebido para auxiliar a empresa na formatação das informações provenientes de vários ambientes heterogêneos, como por exemplo, os sistemas legados, ERP’s e CRM’s assim como dados oriundos da Internet. Soma-se a este ambiente um conjunto de ferramentas herdados de ambientes de data-warehouse e data-mining e passamos a ter um conjunto de elementos para que as pessoas possam ter a base para a administração dos processos de uma organização. Ampliando ainda mais o horizonte, podemos aplicar os benefícios da Inteligência Analítica (Davenport, 2010), onde a somatórias destes múltiplos elementos ajudam a gerenciar e orientar a empresa em tempos turbulentos, dando a possibilidade do corpo gerencial entender a dinâmica do negócio, incluindo aí as mudanças que são provenientes de outros quadrantes, como economia, mercado e concorrência, dentre tantos outros.

Auxílio do ambiente Web Warehouse na identificação dos papéis e das responsabilidades individuais
Karl Weick (Choo, 2006) define “Uma organização é um corpo de pensamentos pensados por pensadores.”, logo, uma empresa sendo feita por pessoas, pessoas pensadoras, são elas os indivíduos que possuem o conhecimento e que de alguma forma serão responsáveis em transmitir o mesmo a outros, bem como serão os responsáveis em utilizar tal conhecimento na busca de soluções para os problemas, como descrito no texto acima. Caso contrário teremos apenas uma biblioteca de opiniões ou dogmas.  Uma questão a ser respondida é como a organização utiliza estas informações?

Se a empresa não possuir uma clara compreensão dos seus processos organizacionais e humanos por onde a informação transita, transformando-se em percepção, conhecimento e por fim ação, a organização não será capaz de perceber o grau de relevância e valor de suas múltiplas fontes.
A Gestão do Conhecimento tem papel fundamental na disseminação e registro deste conhecimento de forma a se multiplicar e produzir novos registros de conhecimento, criando um ciclo de vida contínuo e inesgotável.

Como suporte a este processo temos a disposição inúmeras ferramentas tecnológicas que sendo bem utilizadas, e colocadas devidamente em seus papéis podem produzir um ambiente propício para a disseminação e suporte à decisão, sempre respeitando o aspecto de que a alimentação e a responsabilidade pelas mesmas ainda caberá às pessoas, mesmo que esta carga seja feita de forma automatizada. Cabe às ferramentas tecnológicas nos darem a possibilidade de agilidade, atualização, apoio à interpretação. Se uma informação será escolhida ou não, irá depender da relevância da mesma para o esclarecimento de um problema ou diretamente a solução do mesmo, estes papéis ainda pertencem ao indivíduo.


Conclusão
Em 1937, Mao Tsé-tung proferiu a seguinte frase em um discurso realizado em Yean, China:”Se você quer conhecer o gosto de uma pera, você deverá mudar a pera comendo-a. […] Todo conhecimento genuíno nasce da experiência direta.”. Fica claro que a definição dos papéis é fundamental dentro de uma organização, que as experiências individuais serão sempre uma fonte de conhecimento, e que a empresa que identificar, coletar, organizar e disseminar todo este conhecimento riquíssimo irá agregar grande valor ao negócio, obtendo assim grande vantagem competitiva.  Para finalizar gostaria de citar uma frase de Davenport (2003), “Quando o conhecimento para de evoluir, ele se transforma numa opinião ou num dogma.”

Referência Bibliográfica
CHOO, Chun Wei – A Organização do Conhecimento – 2ª Edição – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006.

DAVENPORT, Thomas H. – Conhecimento Empresarial – Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

DAVENPORT, Thomas H. – Inteligência Analítica nos Negócios – Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

SCHWARTZ, Barry – Vídeo Paradoxo da Escolha. TEDGlobal 2005. http://migre.me/5WD4R

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